quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

08-02-2017

Em busca de água na seca, animais selvagens se aproximam de cidades

A estiagem longa que tem sido enfrentada por milhões de brasileiros da região Nordeste está levando animais selvagens para perto das propriedades rurais e das pessoas.
A imagem do rio seco impressiona. Tudo lembra um deserto. Foi assim que um bicho nunca visto no agreste de Pernambuco apareceu no sítio do seu Virgílio.
“Eu vi aquele animal atacando um cabrito meu. Ele deu um bote e quando eu olhei, um relâmpago, pulou a cerca com um cabrito e saiu correndo”, conta Virgílio Pereira Barbosa, agricultor. 
Depois do susto, o agricultor procurou um grupo de ambientalistas para tentar descobrir qual o animal tinha atacado o cabrito.
“Nós começamos a montar uma estratégia para fazer uma visita nos arredores e tentar pegar alguma imagem desse animal”, relata o biólogo Pablo Ricardo Pereira.
Eles colocaram cinco câmeras em locais onde havia água e filmaram uma imagem inédita no Nordeste brasileiro: uma família de pumas, da espécie puma jaguarundi. O puma era encontrado nas florestas da América do Norte até a América do Sul, mas hoje está ameaçado de extinção.
A mãe, vermelha, e dois filhotes, um cinza e um vermelho, chegam sedentos em um poço natural, que secou. Adultos, eles podem medir até 1,40 metro e pesar dez quilos.
Os pumas farejam, andam de um lado para o outro, mas não encontram água. Esses animais estavam escondidos no meio da caatinga, mas por causa da seca eles começam a se aproximar das casas dos agricultores. Estão atrás de água e comida.
A região sofre uma das piores secas da história. A barragem de Jucazinho, após uma estiagem severa está completamente seca. Pequenos reservatórios também estão vazios.
Os ambientalistas registraram, com fotografias, outros animais em busca de água. São raposas, seriemas, tamanduás e gatos do mato.
“A luta da sobrevivência desses animais é algo que tem tocado a gente. A imagem do puma com o focinho sujo de lama retrata muito bem isso, retrata a dureza que é sobreviver nesse bioma. Estamos acostumado com um, dois anos sem água, mas estamos indo para o sexto ano consecutivo de seca”, afirma Bruno Bezerra, coordenador do projeto Bichos da Caatinga.
Os ambientalistas afirmaram que o puma não ataca se não for ameaçado. Mesmo assim, eles pedem que os agricultores não se aproximem dos animais e chamem a polícia ambiental se encontrarem algum.

As mulheres do zika foram esquecidas

Carta Capital
Abandonadas pela política pública, mães e crianças sobrevivem como podem a uma das maiores tragédias já vistas no Brasil
Mulher e criança com zika
No Sertão de Alagoas, mães com filhos afetados pelo zika andam de mototáxi, com a criança espremida entre o motorista e o próprio corpo
medo é agora realidade: as mulheres do zika foram esquecidas. As eleições acabaram e, nos interiores do Brasil, não há mais candidato a vereador levando e trazendo as mulheres e crianças para os exames.
Completou-se um ano do anúncio da emergência global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e não houve nenhum pronunciamento do governo brasileiro.
As promessas de benefícios especiais, centros de referência, cuidados precoces foram quase todas engavetadas pela crise econômica. Os bebês estão amadurecendo, e as mães cada vez mais sozinhas. Se antes carregavam os miudinhos no colo, agora sentem o peso da criança sem andar.
O governo federal prometeu que toda criança seria feliz. Felicidade é promessa gigante para política pública; exige mais do que primeira dama de azul.
Queria muito que Marcela Temer visitasse o Sertão de Alagoas e conhecesse as mulheres dos povoados afetados: saem de casa de madrugada, andam de mototáxi ou bicicleta, com a criança espremida entre o motorista e o próprio corpo; tomam um carro da prefeitura na estrada, e não há isso de cadeirinha como manda a lei. A criança viaja no colo.
Mãe com seu filho afetado pelo zika
O governo federal prometeu que toda criança seria feliz. A promessa, porém, não chegou ao Sertão
Chegam as duas cansadas, mas a criança irritada. Passam o dia sem comida e no calor, voltam à noite para casa. Algumas sem qualquer atendimento, pois o exagero da viagem desencadeia convulsões na criança e não há como acalmá-la.
Uma segunda geração de mulheres teve zika na gravidez, e seus filhos nasceram afetados pela síndrome neurológica. As mulheres da primeira geração discutem as aparições da síndrome a cada dia, “meu filho passou a ter hidrocefalia depois da microcefalia”, “o meu está internado”, “o meu tem dificuldades para beber líquido”.
Não sei se há alguém feliz nesta tragédia humanitária.
Talvez, haja gente aliviada pelo silêncio. Se não houve pressão pública pelo anúncio do primeiro ano da epidemia global, é porque o problema não mais existe: zika acabou no Brasil, dizem alguns.
Vamos cuidar da nomeação do ministro da suprema corte que acredita em tática bélica como solução para justiça, do cabelo raspado do milionário preso, ou do Carnaval que se aproxima.
Enquanto isso, as mulheres sobrevivem como podem a uma das maiores tragédias do Estado brasileiro, a epidemia do zika.

Governo tenta amenizar maior seca da história do RN com ações emergenciais

153 municípios estão em situação de emergência pela seca
A maior seca da história do Rio Grande do Norte está prestes a completar seis anos de sofrimento para o sertanejo que depende da água para desenvolver sua plantação, criação de animais e a própria subsistência. Nos próximos dias 20 e 21, na Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste, o prognóstico de ocorrência de chuvas para o ano de 2017 deverá ser confirmado.

Detran prorroga prazo de vencimento para carnês do licenciamento

Os carros com placas final 1 e 2, que teriam seus vencimentos programados para essa semana, terão mais um prazo para quitar seus pagamentos de acordo com portaria publicada pelo órgão que modifica os vencimentos para  9 e 10 de março, respectivamente. O novo cronograma com as datas de pagamentos encontra-se no site do DETRAN e só foi alterado para os carros com número de placa final já citados, sendo que os demais continuam com vencimentos para as datas programadas anteriormente.

Prefeita e vice de Ouro Branco tem diplomas de candidaturas cassados e Justiça determina novas eleições

Resultado de imagem para posse da Prefeita e vice de Ouro Branco
A Juíza Eleitoral Janaína Lobo da Silva Maia julgou procedente a ação de investigação eleitoral, e que pediu a cassação do diploma de candidatura da prefeita reeleita em Ouro Branco, Maria de Fátima Araújo da Silva, e o seu vice-prefeito Francisco Lucena de Araújo Filho. Ambos são acusados de praticarem abuso de poder econômico no pleito eleitoral de 2016 no Município de Ouro Branco. A juíza ainda aplicou a prefeita Fátima a sanção de inelegibilidade para as eleições pelo prazo de 8 (oito) anos.
Um fato que chama a atenção da decisão da juíza é quando ela diz que, tendo em vista o resultado do pleito majoritário, quando os investigados obtiveram 2.312 votos, logrando êxito com 62,57% dos votos válidos, pela COLIGAÇÃO COM A FORÇA DO POVO (PT/PSB/PDT/PMDB/PPS/PP/PTN/SD/RP), fica prejudicada referida eleição, devendo ser realizado novo pleito municipal em Ouro Branco, para o preenchimento dos cargos de prefeito e vice-prefeito, nos termos do art. 224 do Código Eleitoral.
Entenda a denúncia
Sustentou a parte autora (Coligação Filhos da Terra), na inicial, que o pleito eleitoral de 2016 na cidade de Ouro Branco encontra-se viciado, uma vez que a investigada Maria de Fátima Araújo da Silva cometeu abuso de poder político, abuso de poder econômico e abuso de publicidade institucional, bem como realizou captação ilícita de sufrágio e contratações indevidas de servidores, além de outras condutas vedadas pela legislação eleitoral.
Narrou a investigante que a investigada Maria de Fátima Araújo da Silva teria se utilizado indevidamente de propaganda institucional nos veículos e prédios públicos da Prefeitura de Ouro Branco, bem como de publicidade realizada no sítio do Município e em programa transmitido pela Rádio Cabugi do Seridó, para fins de promoção pessoal.
Aduziu, ainda, a existência de abuso de poder político por parte da investigada, consistente na distribuição, há vários anos, de peixes à população de Ouro Branco durante o período da Semana Santa, assim como no fornecimento de próteses dentárias, sem que tais programas constassem nos planos plurianuais de 2014 a 2017 ou fossem autorizados por lei.
Ressaltou que, desde o início de seu mandato eletivo, a investigada Maria de Fátima Araújo da Silva tem realizado, reiteradamente, contratações irregulares de servidores, além de ter terceirizado indevidamente serviços de mão de obra, o que configura abuso de poder político.

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